segunda-feira, julho 10, 2006

Bússola Desnorteada

Porquê este título? Porque vou fazer algo que para mim é uma simples constatação! Até pode ser a coisa mais óbvia e banal deste mundo, mas a mim apetece-me constatar isto!

Todos nós temos os nossos problemas (stresses em linguagem mais descontraída... :P), e sempre que resolvemos um deixamos um espaço vago para outros se desenvolverem, e ganharem força e mais força para nos mandarem abaixo. É impossível, provavelmente, não termos problemas. Mesmo aqueles que não têm razões para ter "problemas reais" (seja lá o que isso for...), têm sempre os seus problemas... e não há volta a dar! São sempre as coisas que nos atormentam as mais importantes e não as "coisas reais" dos outros. Relativar os problemas? É complicado, pois só os podemos relativizar em relação a outros problemas que tenhamos, e não com os problemas alheios e/ou do mundo.

Mas sempre que resolvemos um problema deixamos espaço vago para que outros progridam e nos magoem por dentro. Deixo uma pergunta no ar: Há solução para, ao resolver um problema, e seguidamente não deixar espaço vago para outros?...

6 comentários:

Anónimo disse...

Ainda hoje ouvi.. que ter problemas é uma benção... faz-nos crescer!! faz-nos dar valor às coisas! faz-nos no fundo apreciar o que temos...

Angel

Anónimo disse...

O que mudas é o problema a que dás importância, mais nada. Ainda sou do tempo em que fast-food não era um problema de saúde pública: o macdonald's ainda não tinha chegado a Portugal e o dinheiro era tão pouco, em geral, que as pessoas comiam em casa. Se queres menos preocupações, li há uns tempos um bom conselho: simplifica a tua vida. Tenho tentado segui-lo, e o certo é que me vejo mais vezes com momentos de calma (ainda bem, se não entrava em parafuso).

Sobre gerir preocupações, a melhor forma é prioritizá-las. Pensa o quanto vale a preocupação, quando comparada com algo importante: a morte de um familiar próximo, por exemplo. Ajuda a manter a perspectiva...

Já agora, se estás com essa sensação, vai pondo as preocupações numa gráfico de Pareto: http://en.wikipedia.org/wiki/Pareto_chart

Anónimo disse...

Em relação aos problemas, eu tenho uma opinião muito diferente da tua...
Não vejas os meus comentários como uma crítica, mas sim como um ponto de vista diferente, como uma forma de vida diferente, como uma maneira de encarar as adversidades de forma a minimizar as preocupações e a potenciar as boas experiências e alegrias, as quais a maior parte das pessoas deixa passar ao lado. =:(
Acho que os problemas não são mais do que o resultado da nossa incapacidade de resolver as pequenas coisas do dia-a-dia. Vou-te dar um exemplo: se tivermos uma pedra no sapato e não a tirarmos, ela torna-se num problema... e vai sendo um problema cada vez maior conforme a ferida no pé vai ficando mais profunda!!! A solução? Descalçar o sapato e tirar a pedra. Fácil, não é? Acontece que, na maior parte das vezes, andamos tão apressados que não temos tempo para parar, descalçar o sapato e tirar a pedra... e a ferida vai ficando mais e mais profunda... e quando finalmente olhamos para o nosso pé, temos uma ferida enorme e que vai demorar semanas a sarar! =:( Isto é o que acontece com os problemas... nós sabemos a solução (no fundo, todos sabemos) mas, na maior parte das vezes, acobardamo-nos e acabamos por não fazer nada para resolver o problema :P
Quanto ao “espaço” que sobra quando se resolve um problema... só depende de ti a forma como ocupas esse espaço! Podes ocupar esse espaço com outro problema, ou ocupá-lo com uma alegria!!!! É uma questão de opção e só depende de ti decidir o que vais fazer. ;)
A maioria das pessoas gosta de atribuir a culpa dos seus problemas aos outros, procurando ilibar-se da responsabilidade da sua infelicidade, mas eu sou de opinião que os problemas somos nós que os fazemos. Se alguém nos faz mal, só depende de nós tornar isso num problema ou passar para trás das costas e não dar importância!!! Passamos demasiado tempo na vida a acumular rancores, problemas e preocupações e esquecemo-nos de viver, aproveitar, sorrir e ser feliz. A felicidade é um estado de espírito, um estado de alma que se vai alimentando no dia-a-dia... da mesma maneira que alimentamos as preocupações, devíamos ter a capacidade de cultivar o amor e a felicidade nos nossos corações... e assim as nossas vidas ficariam muito mais simples... teríamos muito mais gosto em viver... seríamos pessoas melhores e muito mais fáceis de conviver!
Este discurso todo para dizer que... É UMA QUESTÃO DE OPÇÃO! Podemos optar por ser felizes ou optar pelo caminho cinzento e tortuoso das preocupações... Infelizmente, a maior parte das pessoas opta pelas preocupações... =:( Porquê? Apenas porque é o caminho mais fácil...
Beijos.

Anónimo disse...

As opções fazem-se antes do aparecimento dos problemas e consoante a opção que fizermos assim o problema aparece e torna-se maior ou menor, mas antes não sabemos o que vai acontecer. Muitas vezes só nos apercebemos quando já lá estamos e quando os problemas surgem.Ou seja, todos nós queremos ser felizes e queremos optar por esse caminho, mas nem sempre isso acontece...quando optamos por algo é a pensar que é o melhor para nós.Mas muitas vezes não é... e depois do problema aparecer, tudo depende do seu tipo e do grau de dificuldade para o resolver!... mas claro que temos que ter força e capacidade para conseguir dar a volta...e nos intrevalos tentarmos ter momentos de felicidade e de alegrias.

Anónimo disse...

Respondendo à tua pergunta, não há solução.
Os problemas aparecem quando menos esperamos, temos de saber usar correctamente a bússola e não perder o norte da vida.

Podes sempre pedir ajuda aos teus amigos, naqueles problemas que podem ajudar!...

Abrazzo

Anónimo disse...

Um achega. O espaço para os problemas é elástico...