Esta ideia do nosso caríssimo Governo dar portáteis com acesso à net aos putos do décimo ano e aos tipos das “novas oportunidades” por um preço simbólico não é uma má ideia. De todo não é... Mas há sempre o raio do senão, que é sempre uma chatice!
Ora vejamos! O Governo faz uma parceria com os senhores de Redmond mais uma vez e com uma outra empresa que fornece as ditas máquinas. E o Governo vende esse serviço. Onde está o concurso público? Onde está a transparência? Onde está a garantia de pluralidade? Porque raio o serviço e-learning deles só funciona em Windows com Internet Explorer? O nosso Governo continua a fazer parcerias com a Microsoft (os tais senhores de Redmond), abrindo as perninhas e deixando-se andar.
Mais uma vez afirmo: A plataforma de e-learning deles não funciona em Macintosh (que são cada vez mais pessoas a usar), e em Linux (que por muito que o queiram ignorar, está aí e cada vez com mais força)... É um acto descriminatório! Não se pode aceitar!
Sem transparencia esta é uma iniciativa falhada. Eis um exemplo de uma boa ideia muito, mas mesmo muito mal implementada!
O Paulo Querido do jornal Expresso escreveu um bom artigo sobre este assunto, e que é elucidativo. Vejam-no e compreendam o que se passa. Pode parecer-vos irrelevante, mas é-vos muito mais relevante do que possam ter ideia...
Update (13/06/2007): Há mais dois posts interessantes no blog do sapo dedicado ao software livre. Vejam-nos aqui e aqui. Dão mais uma ideia interessante sobre o assunto.
Ora vejamos! O Governo faz uma parceria com os senhores de Redmond mais uma vez e com uma outra empresa que fornece as ditas máquinas. E o Governo vende esse serviço. Onde está o concurso público? Onde está a transparência? Onde está a garantia de pluralidade? Porque raio o serviço e-learning deles só funciona em Windows com Internet Explorer? O nosso Governo continua a fazer parcerias com a Microsoft (os tais senhores de Redmond), abrindo as perninhas e deixando-se andar.
Mais uma vez afirmo: A plataforma de e-learning deles não funciona em Macintosh (que são cada vez mais pessoas a usar), e em Linux (que por muito que o queiram ignorar, está aí e cada vez com mais força)... É um acto descriminatório! Não se pode aceitar!
Sem transparencia esta é uma iniciativa falhada. Eis um exemplo de uma boa ideia muito, mas mesmo muito mal implementada!
O Paulo Querido do jornal Expresso escreveu um bom artigo sobre este assunto, e que é elucidativo. Vejam-no e compreendam o que se passa. Pode parecer-vos irrelevante, mas é-vos muito mais relevante do que possam ter ideia...
Update (13/06/2007): Há mais dois posts interessantes no blog do sapo dedicado ao software livre. Vejam-nos aqui e aqui. Dão mais uma ideia interessante sobre o assunto.
7 comentários:
Percebo a tua "revolta" e concordo que algo que é suposto ser um projecto do Estado para os jovens, deveria ser livre, aberto e isento de qualquer tipo de "publicidade" ou imposição de um produto! No entanto, a verdade é que caminhamos cada vez mais rapido para a privatização de tudo!!! E o que é suposto ser uma iniciativa do estado, tem por trás uma entidade privada a financiar o projecto, e que por sua vez pretende ter algum lucro na parceria!Como seria de esperar... Se assim não fosse, se calhar simplesmente não havia portateis com acesso à internet para ninguém!!
Pelo menos assim, quem não se importa de trabalhar com a Microsoft e necessita de um portatil, vai poder ter essa oportunidade! E quem não quiser sujeitar-se a essa "imposição" é porque provavelmente não está assim tão necessitado...
Nunca ouviste dizer: "A cavalo dado não se olha o dente?":p
A Mac e a Linux se não gostarem, que distribuam uns quantos também!O povo agradece!:)
Primeiro não é "dado". É pago p'las próprias pessoas, ainda que a preços reduzidos.
Segundo, é hipotecar a pluralidade. O que é grave!
Terceiro, onde está o concurso público para total transparência?
Isto não se trata de público/privado. Trata-se de livre acesso... São coisas diferentes!
Não há parcerias com total transparência, mto menos parcerias feitas com empresas deste género. Assim como também não existem concursos públicos com total transparência... todos nós sabemos disso...
E depois, é como tu dizes... há sempre um senão! Se o acordo fosse com outra empresa havia outro senão, de certeza!
Porque é que uns aprendem Autocad na universidade e outros Archicad? É impossivel pluralizar, temos que nos especializar, procura-se o que tem mais aceitação no mercado, etc, etc.
Se cada puto tivesse um sistema operativo diferente teriam também que desmultiplicar as aulas de "novas tecnologias" e os professores também teriam que acompanhar o mercado...
É pena, mas a vida é feita de opções e geralmente "quem tudo quer, tudo perde"!
Quanto a concurso, eu não sei o que se passou (hehe, ninguém sabe, lol), mas também me parece dificil que o governo conseguisse impingir Linux a miúdos do 10º ano... Lembra-te que a maioria das pessoas não estão na tua área (informática)!!!
Não tens usado (ou nunca usaste mesmo...) Linux, por isso perdoo-te! ;) É como usar Mac OS. É simples na mesma, mas é diferente.
E não estamos a falar de programas instalados nos portáteis! Estamos a falar de:
a) concorrência no acesso ao programa, ou seja isto não deveria ter sido feito da forma que foi feito...
b) livre acesso à plataforma de e-learning que eles disponibilizam por quem não usa as coisas não-microsoft.
Espero que tenham percebido a diferença.
sara teixeira: "a cavalo dado não se olha o dente" concordo inteiramente. Daí que perceba perfeitamente a posição da Microsoft. O governo acabou de lhe oferecer 640 mil licenças de office e 400 mil licenças de um sistema operativo windows (se leres o comunicado de imprensa vês que a oferta da Microsoft é apenas para o programa e-escola - a parte do office para esses computadores não está clara, mas como o comentário de um tipo da Microsoft foi "nós nunca oferecemos o Office", assumo que é só o sistema operativo). Parece-me realmente uma boa oferta. Só tenho pena que o dinheiro utilizado esteja sob gestão pública e, portanto, a oferta seja de todos nós. Nesse caso, preferia realmente que houvesse um respeito pelas leis e por quem paga (nós).
squiddy - a lula: as minhas experiências nos últimos 10 anos com miúdos desde os 6 aos 18 anos diz-me que a adaptação é rápida. O meu negócio é suporte de software livre para empresas. Posso garantir-te que são os adultos com mais conhecimentos de utilização de informática (os chamados power users) que têm mais dificuldade de se adaptar. Não são os outros.
E sim, considero chocante a forma como as escolas deste país garantem o negócio à Autodesk na área da construção. Se reparares, a malta sai sem saber mexer em mais nada, resultado, ou pagas à Autodesk, ou não tens ninguém a trabalhar contigo. Já viste os preços das licenças? É dinheiro que é preciso descontar do teu pagamento para tu conseguires trabalhar e ainda agradeces. Parece a implementação ideal para um produtor de software.
Já agora há uma diferença entre impingir e dar a possibilidade de escolha. Neste momento nem isso tens. Já agora, dar a possibilidade de escolha não é: olha, têm aqui dois igualzinhos (mas se escolheres o número 2, nós pagamos €600).
O comunicado de imprensa do Ministério das Obras Públicas e Telecomunicações está em: http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MOPTC/Comunicacao/Notas_de_Imprensa/20070605_MOPTC_Com_ProgramasE.htm
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