Neste caso não é bem um momento no sentido de algo que se passou. Mas sim, de algo que vi. Não é nada de especial, mas acho que daria uma longa discussão, se fossemos por acaso debater sobre o que vou escrever. Vai ser curtinho, mas acho que nos põe sempre a pensar...
Ia eu, há pouco, na minha passeata de bicicleta ao fim da tarde, quando vejo num dos passeios da marginal uma pessoa portadora de deficiencia física (vulgo deficiente...) a apanhar um solinho. Qual é o espanto disto? Nenhum! De qualquer forma, o sítio era longe de qualquer ponto de acesso rápido àquele local, o que me fez pensar, como raio levou ele a cadeira de rodas até ali...
Ok, o que quero dizer é que aprecio muito a força de vontade destas pessoas! Estão sempre cheias de força, mesmo estando desabilitadas fisicamente. Normalmente a força interior dessas pessoas é uma verdadeira lição de vida para outras, que no seu pequeno mundinho, julgam ter problemas...
Ia eu, há pouco, na minha passeata de bicicleta ao fim da tarde, quando vejo num dos passeios da marginal uma pessoa portadora de deficiencia física (vulgo deficiente...) a apanhar um solinho. Qual é o espanto disto? Nenhum! De qualquer forma, o sítio era longe de qualquer ponto de acesso rápido àquele local, o que me fez pensar, como raio levou ele a cadeira de rodas até ali...
Ok, o que quero dizer é que aprecio muito a força de vontade destas pessoas! Estão sempre cheias de força, mesmo estando desabilitadas fisicamente. Normalmente a força interior dessas pessoas é uma verdadeira lição de vida para outras, que no seu pequeno mundinho, julgam ter problemas...

8 comentários:
Ups...olhei para o meu umbigo envergonhada...
Como se não bastasse a força de vontade que é preciso para lutar contra essa adversidade ainda precisam de a duplicar para lutarem contra essa adversidade num País (não será certamente o único), que ignora completamente essas Pessoas no que respeita ás acessibilidades urbanisticas/arquitectónicas!
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«Tanta gente me pergunta por que é que eu estou sempre bem disposto que me decidi a responder. O segredo é que eu também estou sempre mal disposto. Faço é por não estar.
(...)
E como é que eu faço por estar bem disposto, encontrando-me na verdade tão triste e miserável como vocês todos? Há várias técnicas. A mais importante é a técnica do proporcionamento. Consiste em atribuir a um dado problema pessoal a proporção que tem no Mundo. Há tanta gente a sofrer de verdade, a morrer, de fome, de doenças, de terramotos, que o nosso sofrimento, quando é publicamente exibido, é pequenino e obsceno»
Miguel Esteves Cardoso
As verdadeiras (e não ditas) pessoas normais são seres humanos cheios de força. Deficiente é todo o mamífero que se recusa a viver.
Abraço.
Pois...lembraste,RR de um dia destes,falarmos sobre grandes e pequenos problemas?? Era aqui que eu queria chegar!
Tal como diz o João(e muito bem)às vezes fazemos bigs problemas de coisas pequeninas, que, na altura, para nós até podem ser grandes.Mas devemos sempre pensar que, infelizmente, há pessoas que estão em situações muito piores que as nossas e que mesmo assim têm uma força incrível para superar as adversidades.
A nossa sociedade(egoísta) esquece-se que estas pessoas existem e que precisam de meios para viverem.
É com estas pessoas que, também, devemos aprender na coragem, na sensibilidade,na solidariedade, no afecto...caso não imaginem, são gente fantástica!!
Sabem uma coisa que aprendi com este tipo de pessoas, é a força que transmitem ás chamadas pessoas no-deficientes, e aprendi a olha-las com respeito e de coração aberto, a pena deve ser sentida mas não transmitida porque normalmente não gostam que tenham pena deles, pelo contrário a pena é a transmissão de aspectos negativos para a sua condição humana perante a comunidade.
Em relação às acessibilidades urbanisticas/arquitectónicas, se existem já tantas "ratoeiras" para as ditas pessoas normais, imaginem para esse tipo de pessoas, no entanto já se começa a ter uma sensibilidade/lei/preocupação que antigamente não havia, mas quem poderá responder por isso são os nossos amigos Arquitectos que aqui andam...
PS: Noutro dia a andar de bicicleta bati num OBNI (Objecto de Betão Não Identificado), agora numa cadeira de rodas os estragos devem ser bem diferentes...
toda a gente tem problemas... uns teem é melhores soluçoes que outros... e queixam-se menos
É verdade. Ai ontem me comovi com uma banal história de uma criança portadora de uma doença que nem fixei o nome!
Basicamente uma doença que vai corroente o corpo ate os ossos! essa criança necessitava de uma cadeira especial feita á medida e tinha que ser importada!
Dei um dia no telejornal e ontem deram a noticia que um empresa a tinha oferecido. Coincidiu com o dia do seu aniversário!
Que conclusões tiro? Que independentemente das motivaçoes do empresário a verdade e k fez bem a um ser humano que nao teve sorte! k a criança apesar da sua doença estava feliz com o presente e a festejar o seu aniversário!
E eu...com saude, com emprego, com amigos ...dou tanta importância ao k de facto é tao...insignificante!
bj cat
Para perceberem que escrevo com conhecimento de causa, passo a descrever um pouco das partiditas que a vida me pregou:
- diabetes infantil tipo 1
- retinopatia diabética, actualmente com apenas 20% de visão, tipo Mister Magoo
- neuropatia diabética
- cardiopatia
- nefropatia diabética, que me arrastou para uma máquina de hemodiálise durante 8 anos. Agora estou transplantada renal há 8 meses.
Todas estas complicações geraram uma incapacidade de 89%.
Isto pode parecer assustador quando dito assim, tal como foi para mim no dia em que comecei a perceber a quantidade de problemas que a minha doença poderia vir a trazer e consequentes limitações para toda a minha vida, tanto familiar como profissional.
Só que as coisas não acontecem todas de uma vez.
Elas aparecem progressivamente e nós vamos tendo tempo para as digerir e aprender a viver com elas, adaptando toda a vida a essas limitações.
O importante é manter sempre um objectivo.
Mas quando se perdem umas coisas, ganham-se outras. E eu aprendi a dar valor às coisas até então para mim pensadas como "pequeninas" ou que nem mesmo me tinha ainda predisposto a pensar nelas.
As questões materiais passaram para último plano, passando para primeiro as morais e psicológicas.
Poder contribuir para ver alguém feliz já faz a minha própria felicidade, por isso amar o próximi preenche-me.
Os deficientes não gostam que tenham pena deles, porque pena temos de quem perde a sua dignidade. Nós deficientes não perdemos a nossa dignidade, apenas aprendemos ( ou não o que vai condicionar o nosso bem-estar) a viver e saber ser felizes com a nossa incapacidade.
Isto foi só um aparte para o meu querido e romântico Parafuso (diz à tua namorada que sou uma cota de 45 anos e como a idade é um posto posso fazer estes elogios ;) ).
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